Aplicações Financeiras no Curto Prazo: CDB ou Compromissadas?

Na gestão financeira corporativa, maximizar o retorno sobre o caixa excedente é uma das funções Estratégicas da Tesouraria. A chamada “sobra de caixa” diária, comum em muitas empresas, pode se tornar uma fonte significativa de receita se aplicada de maneira inteligente.

Nesta matéria, exploramos como a Tesouraria Corporativa pode atuar como um braço estratégico na aplicação eficiente de recursos excedentes, utilizando opções como Certificados de Depósito Bancário (CDB) e Compromissadas com Lastro de Terceiros.

Por Que Aplicar o Caixa Excedente?

Ao final de cada dia, após a liquidação das obrigações financeiras, muitas empresas identificam um superávit de caixa que será utilizado dentro de algumas semanas. Esses recursos, muitas vezes negligenciados, podem gerar rendimentos relevantes no curto prazo, quando aplicados estrategicamente.

Uma prática comum é adotar políticas de caixa mínimo, assegurando que os excedentes sejam investidos em alternativas conservadoras e de baixo risco, com foco em liquidez e rentabilidade eficiente.

CDB ou Compromissadas: Qual a Melhor Escolha?

A escolha entre essas opções de investimento depende de fatores como horizonte de aplicação, necessidade de liquidez e perfil de risco. Abaixo, analisamos as principais características de cada modalidade para períodos de até 30 dias:

• Certificados de Depósito Bancário (CDB):

  Oferecem, geralmente, maior rendimento bruto, mas estão sujeitos ao IOF regressivo nos primeiros 30 dias e ao Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF).

• Compromissadas com Lastro de Terceiros:

  Apresentam rendimento bruto menor, mas são isentas de IOF, o que pode ser vantajoso em aplicações de curtíssimo prazo.

Premissas Consideradas

Para esta análise, utilizamos os seguintes parâmetros:

• CDI atual: 11,15% a.a.

• CDB: Rendimento bruto de 98% do CDI, sujeito à tributação de Imposto de Renda (IR) e IOF de acordo com a tabela regressiva.

• Compromissadas: Rendimento bruto de 70% do CDI, tributadas apenas pelo IR e isentas de IOF.

Nota: Os números e cenários apresentados são hipotéticos e servem apenas como exemplo. Rendimentos reais podem variar dependendo da instituição financeira, do cenário econômico e das condições negociadas.

Análise Comparativa e Resultados

Ao longo de um período de 30 dias, neste exemplo as Compromissadas apresentam maior rentabilidade líquida nos primeiros 21 dias devido à isenção de IOF. No entanto, a partir do 22º dia, os CDBs passam a oferecer retornos líquidos superiores.

Essa análise destaca a importância de alinhar a escolha da aplicação financeira ao Fluxo de Caixa da empresa e às suas necessidades de liquidez.

Decisão Estratégica: O Papel da Tesouraria

A escolha entre CDB e Compromissadas deve considerar:

• O prazo estimado para uso dos recursos;

• O perfil de risco da empresa;

• Os objetivos financeiros de curto e médio prazo.

A Tesouraria desempenha um papel essencial ao realizar análises criteriosas e garantir que as decisões de investimento estejam alinhadas à estratégia corporativa.

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Conclusão

A decisão entre CDB e Compromissadas requer uma análise cuidadosa dos objetivos financeiros e da necessidade de liquidez da empresa. Cada opção possui características específicas que podem se alinhar a diferentes cenários de fluxo de caixa.

Com a DS2 Tesouraria Estratégica, sua empresa pode transformar o caixa excedente em uma ferramenta de crescimento e estabilidade financeira.

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